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Revelam os Deuses

Revela MARLOETT. A Deusa da Fala

Sempre que estou próxima do Olimpo (morada dos Deuses) ouço o coro em som de trombetas:

A Deusa chegou.

A Deusa chegou.

A Deusa chegou.

É uma alusão dos Deuses a minha desastrada tentativa de tornar-me a Deusa da Fala:

O filho nasceu.

O filho nasceu.

O filho nasceu.

 

Sou a única Deusa que chega ao Olimpo de carruagem.

Por que além de Deusa da Fala sou também a da beleza, da estética e da criatividade.

Não caminho pelo Universo de carruagem.

Quando estou há alguns quilômetros de distância do Olimpo embarco na carruagem.

Deusa SUDARFAT (da transformação) já esteve comigo na carruagem por várias vezes. Até DUVERNNA (Deusa dos Deuses) já viajou em minha carruagem.

 

E hoje venho aqui novamente conversar com os humanos para contar sobre a viagem de DUVERNNA (Deusa dos Deuses) em minha carruagem. Que aqui chamarei de: a viagem dimensional.

 

A viagem dimensional.

Exatamente na passagem do 2º para o 3º século, da era de Peixes, estávamos todos NÓS - Deuses - no Olimpo para comemorar mais um centenário na evolução humana.

Os Deuses se reúnem no Olimpo por vários motivos:

Quando a raça humana faz alguma descoberta significativa;

Quando algum grupo de humanos desenvolvem atitudes que favorecem a humanidade;

Quando líderes religiosos ou governamentais se desprendem de seus interesses pessoais e patrocinam avanço a humanidade;

Ou quando se encerra um século e inicia-se outro.

 

Nesse encontro da virada do 2ª para o 3ª século os Deuses estavam consideravelmente felizes no Olimpo.

Exceto EU. Justamente EU a Deusa da Fala que também é a Deusa do bom humor e da alegria.

Habitava em MIM uma tristeza acompanhada de certo desencanto.

NÓS – Deuses – não temos, como os humanos, a condição de esconder aquilo que estamos sentindo.

Nosso campo vibracional emana irradiações coloridas que identificam as condições do que estamos sentindo.

Sentia-me consideravelmente desconfortável em irradiar emanações desconexas com o ambiente da festividade que era de pura alegria e comemoração.

 

Por alguns anos seguidos TINHA-ME deparado com situações humanas que apresentavam dor e sofrimento.

Vinha tentando, com muito cuidado e precisão, irradiar em direção a esses humanos as emanações de alegria, satisfação e beleza.

Mas, verificava que minhas tentativas não alcançavam os objetivos.

Se alcançavam era apenas momentâneo.

No decorrer dos anos essas situações foram me contaminando a ponto de chegar ao Olimpo para as festividades com marcas de desencanto em meu campo vibracional.

 

DUVERNNA (Deusa dos Deuses) percebendo minhas irradiações se aproximou e começamos a conversar.

Relatei a ELA os fatos que havia presenciado nos humanos e que estavam me incomodando a ponto de EU irradiar energias não compatíveis com uma Deusa e nem com os festejos.

 

Todos NÓS – Deuses – temos por DUVERNNA não somente respeito. Temos admiração e devoção.

Nossa DEUSA irradia tanta beleza que ficamos, quando apenas alguns segundos a seu LADO, envolvidos como que num manto de alegria e satisfação.

Não SOUBEMOS ainda definir se DUVERNNA é apenas uma Deusa ou a própria beleza da vida em suas mais variadas expressões.

 

Nesse dia de nossa conversa nos festejos do Olimpo DUVERNNA não me envolveu em seu manto de alegria e satisfação.

Permanecemos conversando cada qual em sua realidade vibracional.

Certo momento, de nossa conversa, DUVERNNA sugeriu que NOS ausentássemos por alguns momentos dos festejos e fossemos caminhar pelo Universo.

Confesso que considerei relativamente estranho o seu convite.

Nunca presenciei DUVERNNA se ausentar do Olimpo ainda mais num dia de festejos.

No entanto, NÓS sabemos que nossa Deusa tem mistérios que NÓS Deuses do Olimpo ainda desconhecemos.

Aceitei seu convite e partimos juntas em direção ao infinito.

 

Em determinado momento DUVERNNA convidou-me para sentar na estrela Aquaraisco.

Essa estrela tem visão privilegiada do Universo.

Sentada nela podemos visualizar qualquer ângulo do Cosmo.

Sua posição e movimentação permitem ver qualquer ângulo que a visão alcançar.

Enxergamos o Planeta terra, todo o sistema solar, outros sistemas, todas as galáxias, outras galáxias, o Olimpo e até onde a visão dos Deuses pode chegar.

 

Depois de algum tempo sentada comecei a ficar com vontade de perguntar a DUVERNNA qual a razão de estarmos ali naquele momento.

Afinal sou a Deusa Fala.

Antes de iniciar minha fala DUVERNNA disse:

“Cara Deusa MARLOETT diante dessa magnífica obra de criação podemos enxergar até onde NOSSA visão permite.

Mas, tivestes já a oportunidade de pensar que aquilo que enxergamos está diretamente relacionado à necessidade que temos, nesse momento, de visualizar?”

Certamente quando virei meu rosto em direção ao de DUVERNNA minha expressão deveria ser de espanto. Pois nossa amada Deusa expressou:

“Calma querida Deusa MARLOETT. FAREI-ME explicar melhor.”

E completou:

“Nossa visão é fruto daquilo que registramos em nossa mente.

Os registros mentais emitem ondas que comandam a visão.

Assim sendo aquilo que vemos é na verdade aquilo que anteriormente pensamos.

Sendo assim podemos então afirmar que vamos ver de acordo com os registros mentais que fizermos.

Ora, vamos então mudar nossos registros mentais e assim nossa visão será diferente.”

 

Magnífico cara Deusa, exclamei EU.

“E então, minha Deusa da Fala que também é a da alegria vais ainda manter as suas emanações de tristeza?”

Novamente quando virei meu rosto em direção ao de DUVERNNA minha expressão deveria ser de novo de espanto.

Só que dessa vez DUVERNNA nada falou.

Refleti por algum tempo e afirmei:

Os fatos não têm apenas uma dimensão.

“Sim.”

Podemos enxergar os fatos de acordo com nossos registros mentais.

Portanto, podemos transformar a visão de um fato se alterar o registro mental dele.

“Exatamente.”

Onde houver perda nascerá à vontade de conquista.

Perante o sofrimento devemos recomeçar a vida.

Na presença da fome devemos lutar pelos direitos.

Existindo tristeza aprendemos a valorizar a alegria.

O que é feio define o que é belo.

A falta valoriza a posse.

A batalha premia o descanso.

A solidão encaminha para a união.

O pensamento define a visão.

 “Sim cara Deusa.”

“Se os fatos apresentassem somente uma dimensão a evolução seria limitada.”

 

Como está irradiando agora o meu campo vibracional?

“Somente alegria.”

Obrigada cara Deusa.

 

“Temos agora que voltar ao Olimpo para as festividades.” Afirmou DUVERNNA.

 

Cara Deusa, disse EU, aceitaria retornar ao Olimpo em minha carruagem?

DUVERNNA sorriu alegremente e voltamos ao Olimpo para as festividades de comemoração de um novo século na evolução humana.

 

Explica MARLOETT (A Deusa da Fala)

Nunca tive carruagem alguma.

Quando humana na infância imaginava que gostaria de ser sempre transportada numa carruagem.

A minha carruagem infantil não tinha rodas. Ela voava pelo ar.

E o mais interessante é que essa minha fantasia não ficou somente em minha infância.

Já quando adulta e mãe, quando meus filhos perguntavam que presente eu gostaria de ganhar? Eu sempre repetia:

Uma carruagem sem rodas que voa no ar.

 

Os demais Deuses juram que sempre viram minha carruagem chegar e sair do Olimpo. Principalmente a Deusa SUDARFAT (da transformação).

 

Passado algum tempo, certo dia conversando com a Deusa DUVERNNA, no Olimpo, perguntei-lhe:

Cara Deusa naquele dia em que estivemos sentadas na estrela Aquaraisco ao voltarmos ao Olimpo retornamos voando ou em minha carruagem?

“Ora! Voltamos em sua carruagem.” Afirmou DUVERNNA.

Então minha carruagem existe mesmo?

“Sim. Na dimensão em que você a visualiza.”

Mas, se é em minha dimensão como fez para visualizar minha carruagem?

“Programei minha mente na dimensão em que estava a sua naquele momento.”

Então a dimensão de cada um pode ser também vivenciada por outro?

“Exatamente.” Afirmou DUVERNNA.

 

Caro humano faz-se necessário esclarecer 2 pontos importantes:

 

1 – As dimensões aqui relatadas são conhecidas na linguagem humana como resiliência.

Que é a capacidade de transformar momentos desagradáveis ou difíceis em situações mais agradáveis e proveitosas.

Capacidade essa que pode ser natural ou aprendida através do treinamento.

 

2 – A estrela Aquaraisco é visível no Planeta terra.

Os Deuses sabem, por observação, que o período noturno apresenta concentrações de lembranças que favorecem a tristeza.

Nas atividades do período diurno os humanos esquecem, ou amenizam as lembranças que lhes proporcionam tristeza.

Já, no período noturno, pela quietude as lembranças são ativadas e vivenciadas com mais intensidade. 

Por isso que os Deuses trouxeram do Universo, para bem próximo do Planeta terra a estrela Aquaraisco.

Que é a primeira estrela a despontar no horizonte ainda quando o planeta está claro.

A aproximação da estrela Aquaraisco tem como objetivo lembrar ao humano que os fatos da vida têm mais de uma dimensão.

E podem ser enxergados nas várias dimensões que se apresentam.

A contemplação da estrela Aquaraisco favorece a resiliência.

Vocês a conhecem como Estrela Dalva.

 

 

Revela CATOOIP. O Deus da Segurança.

Depois que me tornei o Deus da Segurança, logo em seguida, descobri que além desse posto detinha também a cadeira dévica dos ancestrais.

Meu campo vibracional continha ingrediente direcionado a conectar-me diretamente com os campos vibracionais de ancestrais.

Minha presença em qualquer parte ou em contato com qualquer humano aciona o ingrediente dos ancestrais. E automaticamente a história evolutiva daquela situação ou daquele Ser se apresenta completa.

 

Nem sempre é possível entender a história evolutiva de um ser, suas nuances, variações e vivências tão diversificadas.

O fato da história evolutiva se apresentar não significa necessariamente que será de imediato entendida e decifrada.

Acredito EU ter levado mais tempo no treinamento de entender a história evolutiva do que na verdade a experiência em tornar-me Deus a qual dediquei oito anos de vivências.

 

Confesso que minha presença junto aos humanos nem sempre é confortável. Nas roupagens que os humanos costumam vestir, na tentativa de sobrevivência, nem sempre são compatíveis com sua história evolutiva durante os tempos.

E por isso, quase sempre minha presença tornar-se desconfortável para o humano, pois, a seu lado EU lhe apresento a verdade em sua evolução, trazendo até ele as sensações da ancestralidade.

Acredito ter me feito entender nesse momento revelando que não sou apenas o Deus da segurança, mas também o Deus dos ancestrais.

Meu objetivo em participar dessa Mitologia não é somente essa revelação. Desejei mesmo estar aqui para contar a história, que decido aqui chamar de:

A passagem.

 

A passagem.

Por um caminho longo, retilíneo e sem margens. Foi assim que minha mãe conduziu seus filhos até a idade adulta. Quando menciono o termo mãe refiro-me a minha vida ainda como humana.

Eu e meus irmãos fomos acostumados desde a infância a caminhar na vida somente através da verdade e da honestidade.

Nossa mãe não entendia a vida a não ser dentro dos padrões da veracidade e da honra.

E assim, sempre acreditou que seus filhos deveriam caminhar por esse caminho longo, retilíneo e sem margens.

Longo por que as práticas da verdade e da honestidade solicitam dedicação e persistência contínuas.

Retilíneo devido as características desses comportamentos não admitirem curvas.

E a ausência de margens nesse caminho determina que não haja local para descanso.

Foi assim que EU e meus irmãos aprendemos a viver a vida humana.

Minha mãe, assim como nós, sempre foi alvo de críticas dos demais humanos. Ora por verbalizar somente o que fosse absolutamente real.

Ora por não aceitar conveniências que não fossem direitos nossos.

 

No entanto, certa situação em minha vida proporcionou a experiência inédita e absoluta de a passagem.

Já estava casado e minha companheira esperava nosso primeiro filho.

Por ocasião do parto deparei-me com situação inédita.

Aguardava na sala de espera do hospital enquanto minha esposa iniciava os trabalhos de parto.

Com a ansiedade natural desse momento minhas ideias estavam desconexas e alternadas.

Minha visão apresentava sensações não habituais.

Visualizava o nascimento de meu primeiro filho e ao mesmo tempo alternava minha imaginação com o momento do parto de minha companheira.

Nessa alternância de ideias e de visões sentia que minha mente estava confusa e desconexa.

Nessas alucinações, enquanto aguardava o desfecho do nascimento, fui despertado por uma senhora.

Ao tocar em meu ombro, como num leve toque de despertar deparei-me com uma figura estranha, porém familiar.

Ao ver meu espanto a senhora logo se adiantou:

“Fique calmo senhor. Não venho trazer-lhe nenhuma notícia.”

Continuei observando a senhora a minha frente, e ela completou:

“Nem tão pouco venho portar alguma informação que você não saiba, mesmo que não a lembre nesse momento.”

Foi quando perguntei:

Por que então me despertou de minhas visões nesse momento?

Ela sorrindo informou:

“Vim entregar-lhe a passagem.”

Como assim senhora? – indaguei:

Não obtive mais nenhuma resposta.

E tão pouco consegui perceber o que estava se passando comigo naquele momento.

Lembro apenas de ter sentido uma leve sensação de desligamento e ao mesmo tempo de estar sendo conduzido, como que flutuando, por um tubo redondo.

 

Das lembranças que consegui registrar desses momentos de desligamento e de flutuação são suficientes para concluir que se abriu a minha frente uma outra realidade.

Diferente daquela que compunha minha vida.

Acredito EU que essa experiência tenha sido valiosa para a criação, o entendimento e a assistência de meu primeiro filho.

Quando meu corpo parou de flutuar e o tubo redondo chegou ao final encontrei uma dimensão visual completamente diferente da habitual.

 

Um ser desconhecido conduziu-me pela mão até um casebre humilde e bem apessoado.

Colocou-me sentado à frente de uma cama simples feita de madeira que no lugar do colchão havia feno espalhado de maneira uniforme.

Fiquei ali sentado, creio eu, por algumas horas em absoluto silêncio.

Até por que não havia mais ninguém nesse humilde quarto.

 

O senhor que me conduziu pela mão havia sumido repentinamente sem que eu percebesse.

Confesso que no período em que permaneci solitário nesse quarto nenhum pensamento veio a minha mente.

Nem mesmo questionava minha chegada a esse lugar.

Nem tão pouco entendia a mudança de paisagem.

Nada passava em minha mente.

Seja pensamentos, questionamentos ou qualquer tipo de sentimentos.

 

Em certo momento, creio eu, depois de 3 ou 4 horas de minha permanência nesse local, uma luz branca e forte penetrou pela pequena janela do quarto em direção ao feno da cama.

Nesse momento uma figura masculina, porém ainda não identificável, se desenhava sobre a cama.

Em alguns segundos a figura foi tomando forma e pude então perceber que se tratava de um jovem por volta de 26 anos.

Estava deitado na cama de feno e sua saúde pareceu-me consideravelmente comprometida.

Ao me ver o jovem segurou minha mão e gradativamente a apertava como se estivesse sentindo forte dor ou como quando alguém quer falar algo e não consegue.

Aproximei meu rosto do dele e foi quando ouvi em som extremamente baixo, porém muito claro para mim a seguinte frase:

“Me deixa ir.”

 

Pelo susto que tive ao ouvir essa frase meus pensamentos me remeteram de volta a sala de espera do hospital onde meu filho estava para nascer.

Encontrei-me de novo com meus pensamentos alternados da chegada de meu primeiro filho e do momento do parto de mina companheira.

No entanto a frase dita pelo rapaz ecoava em minha mente.

“Me deixa ir.”

 

Exatamente quando meu primeiro filho estava com 7 anos e insistia em ir a uma festa de aniversário de um amigo seu da escola e eu resistia a ideia de sua ida foi que ouvi pela primeira vez ele dizer:

“Me deixa ir.”

Ao som dessa frase fui remetido as lembranças de a passagem.

Lembrei da sala de espera do hospital, da senhora que tocou meu ombro, do tubo redondo e do rapaz na cama de feno.

Aos 89 anos eu morri e meu primeiro filho estava com 57 anos.

Durante os anos de nosso convívio ouvi a frase: “Me deixa ir.” Centenas de vezes.

Morri sem conseguir entender a relação que existia entre a frase do rapaz da cama de feno com a mesma frase que meu filho pronunciava em sua vida sem que nunca tivesse comentado com ele dessa minha experiência com o rapaz da cama de feno.

 

Logo após minha morte iniciou-se minha preparação para tornar-me Deus.

Tão pouco consegui entender a relação das frases durante esse período de preparação.

E também não entendi a relação das frases mesmo quando me tornei Deus.

Vim a entender essa relação quando indaguei DUVERNA (A Deusa dos Deuses) sobre o sentido dessa frase.

ELA então me respondeu:

“Caro Deus Catooip o termo: a passagem não significa um bilhete de viagem para algum lugar. Representa um canal que é aberto para acessar sensações de nossa história evolutiva.

Para acessar sensações e não para lembrar ou vivenciar.

Em situações de perigo em nossa evolução atual, poderemos acessar sensações de nossa história evolutiva, e então evitaremos a repetição de erros cometidos.

 

Foi quando, que por encanto, consegui entender a relação da frase do rapaz da cama de feno com a mesma frase constantemente verbalizada pelo meu primeiro filho.

E, nesse momento entendi que podemos pela sensação acessar nossos canais de ligação com nossos ancestrais.

Sejam eles (os ancestrais) nós ou alguém de convívio na nossa história evolutiva.

Nós DEUSES temos ligação direta com nossa história evolutiva.

Vós humanos para acessar as sensações da história evolutiva deverá sempre estar em sintonia consigo mesmo.

De maneira que sua vida seja sempre pautada por um caminho longo, retilíneo e sem margens.

E essas sensações, quando acionadas por você, permitirão evitar atitudes comprometedores.

 

 

Revela SUDARFAT. Deusa da Transformação.

Na verdade, o navio utilizado pelo Deus Catooip, em sua iniciação dévica, era meu.
Como Deusa da transformação sou também a da mudança, da liberdade, do desprendimento e das infindáveis viagens.
Quando nossa Deusa Duverna pediu que eu atracasse meu navio na areia, achei que seria o começo de minha iniciação Dévica.
Somente depois de alguns dias fui perceber que meu instrumento de mudanças serviria para proporcionar vivências ao Deus Catooip.
Quando, todos nós éramos ainda aspirantes a Deuses, não habitávamos o Olimpo.
Nossas moradas eram num lugar entre o planeta Terra e o Olimpo.
Local agradável e de fácil acesso a qualquer ponto do Universo.
Acredito eu, devemos ter permanecido nesse local em torno de 2 séculos conforme a contagem de tempo terrestre.

Nesse tempo de permanência fui EU, sem dúvidas, a pretendente a Deusa que mais viajou.

Numa dessas viagens, que mais tarde iria entender melhor, presenciei o encontro entre dois seres que até então desconhecia a sua existência no Universo.

Foi encontro surpresa, e que tive que me comportar cuidadosamente e aplicar toda habilidade que havia, até então, desenvolvido.

Na verdade, posso confessar que inicialmente estava assustada e também sem saber como agir com criaturas que não esperava encontrar e muito menos imaginava existirem no Universo

Já quando Deusa certo dia revelei aos demais Deuses as experiências que vivi nesse encontro.

E ELES carinhosamente chamaram de: O encontro da vida que não passou.

 

O encontro da vida que não passou.

Lemartciponca era de estatura baixa, de corpo meio cheinho, pés chatos com mãos e dedos arredondados.

Já, Sofiarunds, em contraste, era alta e esguia.

Seu corpo lembrava perfeitamente uma haste de bambu longeva flutuante. Seus braços e pernas continham o perfeito desenho dos caules e folhas de um bambuzal com o vento passando entre eles.

 

Pouco antes do momento do encontro estava EU, para variar, viajando pelo Universo em busca de novas experiências.

Como sempre FUI aberta ao novo uma das formas de encontrar o novo é estar em movimento constante.

De longe avistei essas duas figuras plainando sobre a Lua.

Seus pés não tocavam o chão lunar.

A alguns centímetros do solo permaneciam equilibradas.

Estavam mesmo flutuando.

Essa visão, até então, completamente nova para mim foi surpreendente.

Umas das regras que nos foi transmitida, quando da reunião da Iniciação dévica, é que não poderíamos, durante o processo de iniciação, manter contato com qualquer Ser que não fosse apenas os pretendentes a Deuses.

Essa regra era válida para aqueles que havíamos deixado no planeta Terra e também em relação a nossos ancestrais.

 

Daí então a surpresa minha em visualizar esses dois seres.

Quando os visualizei lembrei dessa condição iniciatória e parei imediatamente para não me aproximar dessas criaturas e nem tão pouco ter qualquer contato com elas.

Ao parar minha viagem percebi que, mesmo estando parada, certa força me atraia em direção aos 2 seres.

Quando dessa constatação minha primeira reação foi evocar Duverna, nossa Deusa, para me socorrer.

Sempre que evocávamos Duverna, conforme sua própria orientação, éramos atendidos de imediato com sua agradável aparição.

Pois sabíamos que sua evocação poderia acontecer somente em momentos de necessidade.

Mas, nesse momento em que meu corpo, por mim estancado, continuava a caminhar em direção aos seres, nossa querida Deusa não apareceu.

Imediatamente, como aprendiz, entendi que algo de novo estava acontecendo.

Permiti então que o processo fosse desenvolvido sem nenhuma interferência de minha parte.

Meu corpo continuou a caminhar suavemente em direção a Lua.

Quando estava para adentrar na atmosfera lunar comecei a sentir uma nova sensação que posso aqui descrevê-la como se um vento estivesse passando por dentro de meu corpo.

Essa brisa entrava pela frente, sentia eu a passagem por todo meu corpo e saia pelas costas.

Foi uma das sensações mais marcantes de minha vida depois das sensações de quando fomos iniciados como Deuses.

Assim, com essa brisa agradável passando pelo meu corpo, entrei na atmosfera lunar.

Meu corpo conduzido por forças que desconhecia foi levado até uma grande pedra azul e lá delicadamente acomodado em estado confortável.

Já sentada sobre a pedra azul percebi que a força que movia meu corpo e a brisa que o atravessava haviam desaparecido.

Minha atenção voltou-se apenas para aqueles dois seres conversando.

Da pedra azul eu ouvia muito bem o diálogo entre eles.

 

Lemartciponca explicava:

Não sei exatamente as razões. Apenas entendi os motivos. Mas daí a entender a essência é um passo que ainda não consegui dar.

 

Sofiarunds informou:

Existe mesmo razões além dos motivos? E depois desses há ainda a essência?

 

Foi o que aprendemos. Disse Lemartciponca.

 

Foi mesmo. Confirmou Sofiarunds

Perguntou Sofiarunds:

O que faremos agora?

 

Orientou  Lemartciponca:

Devemos procurar nosso mestre.

 

Então vamos. Confirmou Sofiarunds.

 

Nesse momento ambos, repentinamente, desapareceram de meu raio de visão. Seus corpos subiram ao céu como num raio invertido.

Que saiu do solo em direção ao espaço.

Sentada estava na pedra azul e assim permaneci como quem certamente soubesse que os seres iriam voltar.

E realmente voltaram logo em seguida trazendo consigo o seu mestre.

Em nenhum momento ouvi os seres pronunciarem o nome de seu mestre.

Sempre que se dirigiam a ele utilizam unicamente a palavra mestre.

Quando voltaram com seu mestre eu não mais conseguia ouvir o diálogo entre eles.

Apenas conseguia contemplar seus gestos e a movimentação dos lábios, mas não conseguia ouvir os sons de suas palavras.

Fiquei então nessa condição estranha por algum tempo.

 

De repente o mestre deles desapareceu na mesma condição de raios invertidos.

A partir de então o som voltou a meus ouvidos e pude então escutar o seguinte:

 

A vida humana tem 3 dimensões vividas ao mesmo tempo pelos humanos.

As razões, os motivos e a essência.

 

As razões são as justificativas que os humanos têm para agir.

O

s motivos são as energias humanas marcadas em seu campo vibracional através das experiências vividas, chamadas de lembranças.

 

E a essência é aquilo que os humanos não podem mudar por estar atrelada a sua história evolutiva.

São as experiências timbradas no campo vibracional do ser cósmico que habita o corpo humano. Explicou Lemartciponca.

 

E em seguida completou Sofiarunds:

Sabemos agora que quando o humano age pelas razões corre sério risco de erro.

Pois, as energias que alimentam as razões são produzidas pelas lembranças.

Descobrimos então que no momento de agir o ser humano deve desconsiderar as razões, esquecer das lembranças e agir pela essência.

Assim procedendo a chance de erro nas escolhas é quase nula.

 

Fez-se imediatamente um silêncio e surpreendentemente o mestre deles voltou.

E os três juntos, como num raio invertido, voltaram ao céu.

Nesse momento senti vontade de levantar da pedra azul e partir rumo a minha viagem, ora interrompida.

E foi o que fiz.

 

Explica SUDARFAT. Deusa da transformação.

Somente fui descobrir o significado amplo desse diálogo após tornar-me Deusa.

Quando os calendários indicavam o nascimento de uma nova era no planeta Terra e nós terminamos nossa iniciação dévica e nos tornamos Deuses, recebemos de Duverna o convite para a celebração de nossos novos postos evolutivos.

Num determinado momento dessa celebração nossa querida Duverna dirigiu-se a mim e solicitou:

Cara Deusa Sudafart gostaria de contar a todos nós o diálogo que presenciou daqueles 2 seres na face norte da Lua?

Surpresa respondi:

Sim cara Duverna.

E relatei minuciosamente aos Deuses presentes o diálogo que ELES depois chamaram de: o encontro da vida que não passou.

Deram esse nome por que NÓS sabemos que os humanos têm por hábito acreditarem que sua vida atual é única.

Ou, na melhor das hipóteses, acreditam que pode ter havido outras, mas não valorizam essas outras.

 

A vida que não passou quer dizer que não vivemos mais aquelas vidas, mas sim essa vida atual, mas as outras não passaram e estão registradas em nosso campo vibracional.

 

Quando Sofiarunds afirmou que:

Descobrimos então que no momento de agir o ser humano deve desconsiderar as razões, esquecer das lembranças e agir pela essência.

Assim procedendo a chance de erro nas escolhas é quase nula.

 

Ela afirmou que, no momento que temos que fazer escolhas que vão decidir o nosso futuro, devemos entrar em contato com nossa essência e sentir as decisões que devemos tomar para assim diminuir ou até anular nossos erros.

Donde nasceu o nome: O encontro da vida que não passou.

A vida que não passou por estar registrada em nós.

 

Depois de terminada a celebração de nosso posto como Deuses cada qual se dirigiu a sua nova morada divina no Universo.

O caminho de MINHA viagem rumo à nova morada passo necessariamente pela face norte da Lua.

Quando estava exatamente nessa posição fui surpreendida pela aparição de Lemartciponca, Sofiarunds e seu mestre.

O trio apareceu e parou a minha frente repentinamente.

Visto minha surpresa o mestre deles disse:

“Salve Deusa Sudafart!”

Em reverência respondi:

Sejam bem vindos o mestre e seus discípulos em meu caminho.

E o mestre disse:

“Gratos somos por sua gentileza. E completou:

Estamos aqui para fazer-lhe um pedido cara Deusa.

Como descobristes, durante a celebração, o diálogo que presenciou entre eu e meus dois mais dedicados discípulos têm considerável relevância quando transmitido a raça humana.

Sabemos, que na programação cósmica, essa transmissão será efetuada e na linguagem humana mais simples e adequada.

No entanto, sabemos também que mesmo quando o ser humano recebe orientação tem, infelizmente, por hábito esquecê-la logo em seguida.

Julgamos ser necessário que ao receber a orientação de: O encontro da vida que não passou, o ser humano tenha também uma identificação visual a sua disposição para poder ajudá-lo a acionar a sua essência.

Assim sendo cara Deusa nosso pedido, meu e de meus 2 discípulos, é que nos transforme de raios que somos em estrelas.

E para que isso ocorra somente o manto da Deusa da transformação poderá proporcionar. “

 

Nesse momento fui invadida pela emoção.

Aqueles 3 seres cósmicos que me ensinaram uma das lições mais rica de toda minha evolução me faziam um pedido encantador.

No entanto, naquele momento, era EU apenas uma Deusa que acabara de ser celebrada como tal.

Confesso que certa insegurança se alojou em meu corpo vibracional.

Surpresa perante tal sensação de insegurança, dado que essa característica é humana e não dévica lembrei-me das palavras de Sofiarunds:

Descobrimos então que no momento de agir o ser humano deve desconsiderar as razões, esquecer das lembranças e agir pela essência.

E, naquele momento, minha essência não era mais humana e sim de Deusa.

Fechei meus olhos.

Levantei meu manto da Deusa da transformação.

Envolvi nele os três seres vibracionais.

E pronunciei em voz alta:

A partir de agora os três raios são transformados em 3 estrelas.

Quando abri os olhos os 3 haviam sumido.

Retomei minha viagem rumo a minha nova morada de Deusa e ao sair do raio claro da Lua e adentrar no Universo avistei no céu 3 estrelas alinhadas.

 

Vós humanos conhecem essas 3 estrelas como as 3 marias.

A estrela do topo é o Lemartciponca o discípulo da emoção.

A estrela do meio é Sofiarunds a discípula da razão.

E a estrela seguinte é o mestre deles.

Sempre que você humano precisar acessar a sua essência para agir, contemple o trio estrelar que aciona as lembranças de:

O encontro da vida que não passou.

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